"Perto das bem conservadas praias do Parque Nacional do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, rodeada por deslumbrantes paisagens de montanha e debruçada sobre a albufeira da barragem de Santa Clara.
A vista das varandas e da piscina é inesquecível, assim como a calma e o silêncio de que ali se desfruta." (1)
Subir a serra... sentir os cheiros.. ouvir a paz...
No promontório da alta serra, a pousada.
A pequena casa que conquista a serra
Quero subir a Serra.
O pequeno lume que se perde fumo por cima do telhado
Quero ser a lenha.
A pequena janela que paira sobre o rio
Quero ser as portadas intuir a Paz.
A pequena àrvore que envolve o quarto
Quero ser as folhas e enroscar-me nos teus cabelos.
As longas margens que se estendem ao redor das águas
O profundo leito que banha perdidos os olhares
Quero ser o espelho que reflecte o regresso das almas.
A extensa ponte que atravessa o rio
Quero ser o chão que pisas quando regressas a casa.
O distante e solitário marinheiro
Quero ser o barco que te acompanha.
A pequena ilha lá ao longe
Quero ser toda a água que te envolve.
O castelo no promontório
Quero ser a Princesa que guardou a memória dos tempos.
A pequena flor que renasceu na Primavera
Quero ser as pétalas do bem-querer.
O arbusto agreste que nasceu na pedra
Quero ser a seiva que corre no sangue.
E do outro lado
Por detrás da serra
Quero escutar
Quero vislumbrar
Quero sentir
Quero saber
Quero saborear nas ondas do ar
O que vem depois de Amar.
Anamel, em 17/01/07
"Situada numa pequena planície, em local atravessado pelo rio Mira, é Santa Clara-a-Velha conhecida pela barragem que se encontra no seu termo, que tem o mesmo nome.
Santa Clara-a-Velha foi um curato da apresentação do arcebispado de Évora, numa época em que o de Beja ainda não tinha sido criado.
A povoação cresceu junto às terras férteis do Vale do Rio Mira, sendo a serra a sua paisagem predominante.
O património edificado desta freguesia, destacamos obviamente a igreja paro
quial. Apesar de alterada em relação à sua traça original, conserva ainda alguns elementos de grande interesse, em especial da época gótica.
Em “Viagens na Nossa Terra”, Ana Barbosa e Leonor Briz recomendam um passeio a Santa Clara-a-Velha e à barragem do mesmo nome: “Do paredão da barragem tem uma vista magnífica, quer sobre o vale do rio Mira, quer sobre a albufeira.
Há barcos para alugar e condições para os desportos náuticos, mas o melhor é contar apenas com o material que leva e uma rampa improvisada de acesso à água."(1)
Tanto que eu por aqui descansei...
Bem cedo pela manhã,
o nevoeiro teimou em esconder o sol..
Daqui do alto avistam-se abismos...
"Santa Clara-a-Velha merece uma visita atenta e demorada. A aldeia, branca e florida, desenvolveu-se à sombra da Igreja de Santa Clara de Assis, conservando o seu carácter rural.
Nota também para a Fonte do Azinhal, datada de 1892 e restaurada em 1995, junto da qual existe um aprazível parque de merendas.
A não perder é a Barragem de Santa Clara, a 4 Km da sede de freguesia. Mandada construir pelo Estado Novo, a albufeira cobre uma área de 1986 hectares, sendo considerada um
a das maiores da Europa. Alimentada pelo Rio Mira, a partir de Santa Clara a água percorre 84,9 Km de canais, 50,4 Km de distribuidores e 309,6 Km de regadeiras.
O espelho de água de Santa Clara é dos mais fortes pontos de interesse turístico do interior do concelho de Odemira. Um passeio por este lago gigante permite observar os seus inúmeros recantos e ilhéus, quase sempre com uma paisagem de floresta como envolvência. Do paredão ou do cimo do Cerro que acolhe a Po
usada de Santa Clara, a grandiosidade da barragem impressiona.
Nas suas águas pode-se praticar canoagem, remo ou pesca desportiva, sendo que ali abundam o achigã, o pimpão e o lagostim.
Junto da estrada de acesso à Barragem, destaque para a Ponte de D. Maria, ou Ponte Romana, como também é conhecida." (1)
(1) Fonte:
Riomira.net